Onde foi que perdi o norte? Houve dias em que tinha a certeza do meu rumo, dias de confiança, dias em que sabia perfeitamente para onde ir, que coisas fazer, até onde caminhar...
Hoje dou por mim à espera...
"Quem espera sempre alcança!" dizem os antigos, mas o tempo tem me ensinado que a espera é em vão. Pensei que o tempo tudo levava, tudo curava, tudo esquecia...mas não! Não brinco com a minha vida...posso não aproveita-la ao máximo e perder algumas oportunidades, mas não brinco com ela, muito menos com a de ninguém! É dificil erguer a cabeça quando começamos a perceber que afinal não passámos de um nada...é dificil perdoar e perceber que apesar de termos ficado marcados e para sempre magoádos...afinal somos nós que detemos o papel de bestas despresíveis e somos odiádos! Não desprezo...nem ao meu maior inimigo, pois o desprezo é aquilo que mata o que corroi e destroi o ser humano! Sinto-me como uma Geisha...mulher, escrava, usada, despresivel, objecto de prazer, aquela que seduz, que conquista, que fascina...mas que só serve para uma noite!
Onde está a outra Paty??? Aquela que era refilona, que todos chamavam de resingona, o furação que mandava tudo à outra parte e passava a frente sem olhar a quem??? Que é feito da frieza, da indiferença, da capacidade de dar a volta por cima? Neste momento era aquilo que mais precisava, frieza, indiferença, o furação que existia em tempos...para bater de vez com a porta e dizer-te chega ou adeus!
Não compreendo a mania de algumas pessoas, gostarem de coleccionar "pessoas-objecto", supostos amigos e amigas intimas a quem se recorre como ao botão da luz...
E eu...
Eu?...
Silêncio, vazio, nada...